O uso de maconha e a esquizofrenia

Entenda a relação entre o uso de maconha e a esquizofrenia, como pode ser desenvolvida ou potencializada essa comorbidade.

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Ao decorrer de anos, houve um debate entre os círculos de profissionais e públicos sobre a relação existente entre a

esquizofrenia e a maconha.

Já que a legalização da maconha em alguns países já é realidade, com isso resultando em uma crescente aceitação da droga,

o assunto em questão discutido é sobre a possível relação entre a esquizofrenia e a maconha.

Além disso, esse tema tem chamado muito a atenção devido a grande quantidade de adolescentes que fazem o uso da maconha.

Estudos realizados em 2018 apontam que quase 40% dos adolescentes nos quais residem em países onde a maconha é legalizada, fumam maconha.

De acordo com um estudo realizado na Dinamarca, a proporção de casos de esquizofrenia associados ao uso compulsivo de maconha aumentou nos últimos 25 anos.

em 1995, 2% dos diagnósticos que indicam esquizofrenia no país estavam associados a um transtorno resultado pelo uso da cannabis.

Em 2000, esse número já havia subido para cerca de 4%.

De acordo com um levantamento realizado, desde 2010 esse número já subiu e atinge cerca de 8%.

A esquizofrenia é uma doença diagnosticada como um transtorno mental crônico, de nível grave e incapacitante.

Os seus sintomas podem incluir delírios, pensamento anormal e alucinações. Ao redor do mundo todo, a esquizofrenia atinge por volta de 20 milhões de pessoas.

Não existe uma cura, então os médicos tentam controlar os sintomas da doença receitando medicamentos e terapia.

Quais são os sintomas que podem de fato ser um primeiro sinal de esquizofrenia? O uso de maconha e a esquizofrenia

O USO DA MACONHA
Tratamento da esquizofrenia

Caso a pessoa não seja geneticamente suscetível à doença, é difícil e muito improvável que fumar maconha cause sintomas da esquizofrenia.

Porém, contudo é difícil dizer se alguém é suscetível ou não.

No entanto, devemos ficar alertas aos sinais que possam indicar algum indício.

Grande parte das pessoas com esse transtorno recebe um diagnóstico de esquizofrenia na adolescência ou no início da sua fase adulta.

Além disso, o início é geralmente mais precoce nos homens do que nas mulheres. Os primeiros sintomas podem incluir:

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  • Depressão
  • Rejeitar relações e atividades sociais
  • Dificuldade em expressar emoções corretamente
  • Disfunção de sono – Insônia ou muito sono
  • Falar de maneira esquisita ou ainda irracional
  • Esquecimento e incapacidade de concentração
  • Comportamento de forma suspeita ou hostil
  • Higiene pessoal reduzida.

A esquizofrenia é hereditária e cerca de 80% da responsabilidade é atribuída a fatores genéticos. O risco genético pode aparecer de

duas formas: a interação de variantes comuns de muitos genes, cada uma tem pouco impacto, e a rara ocorrência de variantes genéticas, como deleções ou duplicações.

Fatores de risco ambientais se unem em conjunto com os fatores genéticos que podem contribuir para a esquizofrenia.

As consequências do uso da ‘’maconha’’ podem ser graves em uma pessoa que já possui fatores de risco genéticos.

Por exemplo, evidências apontam que ter um histórico familiar de esquizofrenia ou uma personalidade paranoica ou “psicótica”

aumenta o seu risco de desenvolver esquizofrenia.

Adolescentes que têm esses traços também são mais propensos a psicose do que adolescentes que não possuem esses traços, se fumarem maconha.

É biologicamente possível que a maconha possa de fato causar transtornos de psicóticos em alguém? O uso de maconha e a esquizofrenia

A maconha pode causar esquizofrenia
É possível que a maconha cause esquizofrenia?

Sim.

Os cientistas quem atuam na área do cérebro sabem muito pouco sobre a biologia subjacente aos estados psicóticos,

exceto que provavelmente existam centenas de variantes genéticas comuns em jogo.

Por exemplo, a esquizofrenia não é sobretudo um distúrbio unitário, mas um termo geral que abrange uma série de problemas sem explicações, incluindo psicose recorrente e outros sintomas comuns.

Porém, existem indícios de um mecanismo biológico. Os transtornos psicóticos tendem a aparecer no final da adolescência ou início da idade adulta, durante ou após períodos de rápido desenvolvimento do cérebro. Durante a adolescência, o cérebro faz uma limpeza de conexões desnecessárias ou desnecessárias entre as células cerebrais em um processo chamado poda sináptica.

Esta versão se concentra no córtex pré-frontal, a área atrás da testa onde o pensamento e o planejamento ocorrem, e a área mudou sob condições psicóticas. A região é rica nos chamados receptores CB1, que estão envolvidos na poda e são ativados pelo uso de cannabis.

E mudanças no processo de corte podem aumentar o risco de esquizofrenia, de acordo com um estudo recente do Broad Institute of MIT e Harvard. Em uma análise de 2016, os pesquisadores descobriram que as pessoas com esse distúrbio geralmente têm uma variante genética que parece acelerar o processo de poda.

É verdade que substância da maconha pode ajudar no tratamento de pessoas com esquizofrenia?

Esquizofrenia


A substância da cannabis pode ser usada para tratar a esquizofrenia, com a vantagem de causar menos efeitos colaterais do que os antipsicóticos

já existentes no mercado, de acordo com um novo estudo.

Embora a maconha possa causar sintomas psicóticos, os cientistas acreditam que eles são causados ​​principalmente por uma de suas substâncias.

Pelo contrário, amortece seu efeito e tem potencial terapêutico.

Os níveis de tetrahidrocanabinol (THC), principal substância ativa da planta que pode sobretudo desencadear psicose, eram altos nos pacientes.

Raramente, sobretudo, identificaram que o canabidiol (CBD) tem efeitos que podem ser benéficos. Isso pode significar que os usuários de drogas estão expostos a doses mais altas do componente nocivo e menos

do outro.

O uso de maconha e a esquizofrenia

“Pode haver bons e maus relacionamentos na ‘cannabis’. Ruim é o THC. No entanto, existem estudos que apontam que o CBD

pode prevenir sintomas psicóticos, como mostra nosso próprio estudo”, disse Markus Leweke, da Universidade de Colônia, na Alemanha.

Leweke chegou a conclusão que os efeitos do CBD em 42 pacientes com esquizofrenia aguda. Um grupo recebeu CBD enquanto outro foi tratado com o medicamento antipsicótico de referência, o Amisulpride.

Após o tratamento, no entanto, ambos os grupos se apresentaram com menos sintomas. Porém o primeiro também experimentou menos efeitos colaterais.

O Amisulpride pode causar ganho de peso, disfunção sexual e problemas hepáticos.

Ainda não há estatísticas oficiais, todavia, mas um crescente corpo de evidências sugere que a maconha pode causar psicose e esquizofrenia.

Segundo os cientistas, no entanto, há evidências de que um número crescente de jovens desenvolve esquizofrenia como resultado do uso de drogas.

Dois artigos apresentados na conferência todavia fornecem novas evidências da ligação entre o THC e as psicoses. Philip McGuire e Zerrin Atakan, do Instituto de Psiquiatria, usaram imagens de ressonância magnética para escanear o cérebro de pacientes que receberam THC.

Os cientistas descobriram uma diminuição da atividade em uma área do cérebro onde o comportamento inadequado geralmente é inibido.

Portanto, os pacientes tornaram-se mais paranoicos.