Série relatos - Rita - Clínica de recuperação em São Paulo

Série relatos – Rita – Clínica de recuperação em São Paulo

Série relatos – Carlos Eduardo – Clínica de recuperação em SP

Série relatos – Marcos – clínica de reabilitação para alcoólatras

14 OPÇÕES DE CLÍNICAS DE REABILITAÇÃO EM SÃO PAULO – CLÍNICAS DE RECUPERAÇÃO EM SP

Hoje vamos contar a história de Rita, uma jovem de classe média alta que chegou ao limbo devido ao uso abusivo de crack.

Boa leitura!

Meu nome é Rita, eu tenho 43 anos e estou limpa a 16.

Quando eu tinha 18 anos ingressei na faculdade de engenharia.

Foi ali entre uma cerveja e outra que conheci a maconha, e dei meus primeiros traguinhos.

Após um tempo, me chamaram para uma festa de faculdade, regada a muita bebida e cocaína.

Até esse momento eu tinha muito medo de experimentar isso, mas eu estava interessada em um rapaz a um tempo

e quando ele finalmente me deu bola, ele estava cheirando.

Me ofereceu e eu aceitei.

O romance só durou aquela noite, mas foi o bastante para que eu conseguisse arruinar minha vida.

Naquela mesma noite eu voltei a biqueira umas 18 vezes com esse rapaz.

A sensação de poder, libertação e satisfação era indescritível.

Não pude parar.

O meu uso era aos finais de semana, e eu controlava o pó numa boa.

Porém em um espaço curto de tempo eu não podia ter uma oportunidade que lá estava eu.

Como minha família era muito estruturada financeiramente, eu recebia mesada para estudar e tudo era gasto com cocaína.

O tempo passou e rapidamente eu já não tinha mais interesse na faculdade, me trancava no meu quarto e cheirava por noites e noites.

É óbvio que meus pais perceberam e após uma discussão eu sai de casa

Fui para a casa de uma amiga, que também curtia, mas eu já estava tão dependente que ela não acompanhava meu ritmo. Série relatos – Rita – Clínica de recuperação em São Paulo

Um dia, sem mesada, sem ter como conseguir recurso, peguei uma corrente de ouro da mãe dela e troquei por cocaína.

Nesse momento começou minha decadência e eu percebi que não tinha escolha.

Voltei pra casa com a condição (imposta pelo meu pai) de ir para uma clinica de recuperação em São Paulo.

Eles pagaram os olhos da cara em uma mega clinica de alto padrão com tudo que tinha direito, sobretudo SPA e muitas piscinas.

Eu não aderi sequer a uma reunião, minha meta era amargar aquele tempo sonhando com pó, o dia que sai recai.

Como eu não tinha o menor senso de responsabilidade e sobretudo a clínica a qual eu fui não tinha cronogramas e regras eu não senti nada, era como se

de fato eu não precisasse de tratamento nenhum, me deixem!

Enfim, após a recaída meu pai me colocou para fora de casa, minha mãe chorava muito mas não havia o que fazer.

Nessa altura eu já tinha 21 anos e precisava me sustentar, na rua, sobretudo o meu vício.

Foi então que me lembrei de uma amiga da faculdade que morava em uma pensão.

Série relatos - Rita - Clínica de recuperação em São Paulo
Série relatos – Rita – Clínica de recuperação em São Paulo

Meu pai havia me dado 300 reais para recomeçar, comprei 150 de pó e com os outros 150 paguei uma semana de pensão.

Lá conheci algumas garotas de programa, e eu era jovem e bonita, então pensei, porque não?

Meu primeiro programa foi com um senhor mais velho que meu pai, que me abusou e agrediu, no ato sexual.

No entanto, ao finalizar ele me pagou 150 reais pelo programa, resolvi entrar de cabeça nisso.

Fui até a Rua Augusta e após fazer sexo com um dono de um desses antros, comecei a trabalhar fixa.

Eu cheirava a noite toda para aguentar.

Todavia fiquei nesse antro por mais 5 anos, ganhei muito dinheiro, gastei mais do que eu devia com bebida e droga, mas aluguei um apartamento na bela vista.

Me envolvi com um cara gente boa, careta, que me propôs pagar para que eu não fizesse mais programa desde que eu desse um tempo.

Isso funcionou por cerca de 6 meses, mas eu nunca deixei de usar eu só não usava no dia que eu tinha que vê-lo (era apenas uma vez por semana)

Até que ele me encontrou com a boca espumando em um domingo de inverno no meu apartamento.

Ele me socorreu e eu devo a ele minha vida, mas isso não foi o fim da cocaína na minha vida, pelo contrário, eu ainda perderia muito na vida.

Com a recaída, mesmo apaixonado ele me deixou, e também deixou de me pagar.

Eu estava acabada, feia, magra, sem saúde e com cara de drogada.

Me aceitaram em um bordel de quinta na região da luz.

de 150 eu ganhava 35 no programa, a puta é qualificada pelo corpo.

Conheci outro cara, esse gostava de pedra. Morava ali na região da Nova Luz e tinha (ainda) uma condição de vida um pouco mais estabilizada que a minha.

Eu precisava entregar meu apartamento, já não conseguia pagar o aluguel, como eu ia cheirar?

Ele tinha dois vícios, o crack e a prostituição.

Ele me chamou para morar com ele e seus pais, contanto que eu continuasse a fazer programas para sustentar os nossos vícios e ele arrumava a droga boa.

contamos uma mentira de menina órfã e os pais dele me acolheram e acreditaram.

Isso não durou dois meses.

Eu descobri o crack, e não conseguia fazer mais nada da vida, nem programa. Eu me entreguei ao crack

Os pais dele o internaram involuntariamente, e me colocaram para fora de casa.

Antes de sair saqueei o que pude e troquei por algumas pedras, cinco dias acordada embaixo do minhocão,

que a propósito, agora era a minha casa.

Era um sexo oral em troca de uma pedra ou duas e tudo certo.

clinica de recuperação em São Paulo

Eu era uma mendiga total, suja, maltratada.

Comecei a roubar na rua um celular, uma bolsa, uma carteira.

Pedia comida na rua, quando dava fome.

Já estava pesando cerca de 41 quilos, quando a equipe médica do SUS me indagou, eu tentei correr, não queria que meus pais

me encontrassem, afinal, eles iriam me internar e eu não queria isso.

Bem, eles só estavam coletando alguns exames da população da cracolândia, eu estava “sóbria” então, com um nome falso, topei fazer.

Alguns dias depois eles vieram com resultado.

SORO POSITIVO.

Sim eu fui diagnosticada com HIV, você acha que eu me importei? Amada eu peguei o papel com uma mão e o cachimbo com a outra.

Não estava nem ai, se morresse seria melhor do que viver naquela submundo tendo tudo, pelo fato de estar escravizada pela droga.

Minha mãe me procurou, e me encontrou.

Ela tentou me internar involuntariamente mas o pessoal que estava comigo deu um coro na equipe de remoção e conseguimos fugir.

Na mesma noite da fuga, eu fui abusada sexualmente na rua.

Sem os dentes da frente, totalmente suja e perdida, eu decidi buscar ajuda.

Chegando na casa dos meus pais eu estava crente que agora mudaria de vida.

E lá fui eu novamente para o SPA luxuoso da clinica de recuperação São Paulo.

Dessa vez me dediquei, me empenhei no tratamento, e sai bem, após 180 longos dias.

Meus pais me deram uma nova chance, trabalhar na construtora da família.

Com o tempo eu esqueci da doença, eu a subestimava, achava que toda aquela coisa de evitar lugares e pessoas era papo de clínica

e que como eu estava maravilhosamente bem não haveria nenhuma razão para eu não ir até o cara que me introduziu no crack,

tomar uma cerveja, oras! Esse papo de que dependente químico não pode beber é pura bobagem!

Porque eu não posso me encontrar com o cara que me introduziu no crack se ele está limpo, também conhece a programação,

também frequenta o NA?

Bem, minha prepotência sempre maior que tudo me levou até lá.

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Ele não estava bem coisa nenhuma, após meia hora de conversa e dois beijos na boca ele já puxou o cachimbo

e me disse ” e ai, vamos?” eu neguei três vezes.

Na quarta não aguentei.

Voltei para casa, na paranoia total, pensando “ok vou fingir que nada aconteceu e segue o jogo”

Mas a doença é progressiva, e quando você estaciona e volta, ela não regride, pelo contrário,

ela piora.

Eu acordei pensando em fumar, mas eu ainda não mexia com dinheiro.

Fiz um acordo quando sai da clinica que para me proteger de mim mesma minha mãe administraria minhas finanças,

supriria minhas necessidades com meu novo salário, e guardaria a diferença.

A essas alturas eu já estava pensando em voltar a fazer programa, mas por outro lado, eu não poderia ficar sob o teto dos meus pais.

Não queria mais sofrer, nem ser abusada, mas eu precisava fumar!

Foi então que eu tive a brilhante ideia de sacar uma grana da empresa dos meus pais.

Acompanhei minha mãe ao caixa observei a senha, todo dia eu ia ao NA, no início e eles me buscavam e levavam.

Com passar do tempo eu fui ganhando confiança para ir sozinha.

eu pegava o cartão, sacava, devolvia no mesmo lugar, todos os dias.

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eu sacava pouco, cerca de 50 reais por noite, até que a coisa foi aumentando e rapidamente eu acabei com o fundo de poupança da empresa.

Então menti que estava namorando um bom rapaz, engenheiro, mas era aquele o cracudo de sempre que aqui vou chamar de K.

Eles permitiam, podia dormir no K duas noites por semana e eram as noites em que usávamos.

Depois de acabar com a poupança eu tive outra ideia genial, fazer um empréstimo em nome da empresa.

Veio a crise, e com ela, meu pai ia precisar usar quase tudo do fundo para pagar os funcionários, quando foi ver não tinha mais nada, e, pior

não tinha crédito para empréstimo, afinal, eu já havia feito.

Nesse dia eu apanhei na cara e meu pai disse que era a maior vergonha da vida dele, e que por minha culpa teria que vender a casa, pagar o que desse

e declarar falência.

Meu pai voltou a trabalhar por minha causa.

Eu estava na rua de novo, e com o peso de ter acabado com a minha família.

Minha mãe não aguentou e saiu de casa, voltou a morar com minha avó, eu fui com ela, mas eu já estava um bicho.

Uma tia, generosa me ofereceu a última chance “Você quer se tratar?”

Eu disse sim.

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Fui, dessa vez, para uma clinica de recuperação em São Paulo de baixo custo, quartos mega compartilhados, comida pouca e simples

Nada rebuscado, muitas beliches. Mas eu morei na rua

eu passei por coisa pior.

Nessa eu não só conclui o tratamento como fiquei como “moradora” por 2 anos.

Minha ressocialização foi bem gradual, e eu demorei mais 4 meses para sair de casa.

Eu estudei confeitaria na clínica,

quando sai, comecei a trabalhar no comércio de balas de coco e com muito esforço hoje tenho franqueada de doces na capital.

O K , no entanto, foi preso roubando na Rio Branco, naquela época e eu não tive mais notícias dele.

Meu pai enfartou tem 16 anos, 4 meses após eu sair da minha última internação.

A meu ver, todavia ele aguardava ver a filha limpa, e que bom que eu pude fazer algo certo nessa vida.

Muitas marcas, muita dor, muita coisa ruim envolve o submundo da droga.

Sobretudo se eu pudesse escolher voltar 25 anos atrás eu jamais teria experiemtado.

A luta é constante, psicológica, física, hábitos.

Tudo isso envolve.

A gente se corrompe sabe? Nunca fui uma pessoa má.

Eu só de fato não sabia lidar com a minha doença.

O trabalho de vocês é sobretudo importante, não parem nunca!

A dependência química é uma doença terrível e muito abafada,

as pessoas tem vergonha de falar, eu não tenho.

Quando eu olho pra trás eu me motivo a continuar, sabew? Eu não posso jamais me esquecer de onde eu vim, por mais dor que a minha adicção ativa me cause.

Te agradeço pela oportunidade.

A todos que estão passando por isso, procurem pela Capital Remoções, pessoal sério.

É isso menina, obrigada! Boas 24 horas!

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