Série relatos – Carlos Eduardo – Clínica de recuperação em SP
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Série relatos – Carlos Eduardo – Clínica de recuperação em SP
O artigo que trazemos agora , relata a rápida decadência de um jovem frente ao alcoolismo. A história do Carlos Eduardo chega a ser emocionante , coisa de novela. Mas , como nós acreditamos na
força do amor , pudemos constatar que ele faz milagres.
Boa leitura!
Série relatos – Carlos Eduardo, 39 anos , alcoólatra.
[“Era o mês de Dezembro do ano de 1999 , clima de festa !!! Meu aniversário de 17 anos , conclusão do segundo grau , de onde saí Técnico Eletrônica e com estágio remunerado (sempre fui muito
bom aluno , modéstia a parte) e a tão esperada , e temida , virada do ano 2000.
Depois da cerimônia de colação de grau , nossa turma se dirigiu para a “alameda dos bares” , com a euforia típica dos
recém formados , e decididos a beber tudo , e mais um pouco , para “lavar a alma” dos anos de luta estudantil.
Acreditem , esse foi o meu primeiro porre e do qual , obviamente , não tenho como
esquecer.
Depois da ressaca de marinheiro de primeira viagem , jurei que nunca mais beberia…doce ilusão!
Como eu disse , já estava com estágio arrumado , e este começaria
em Janeiro do ano 2000.
Tudo correu muito bem , e 8 meses depois consegui emprego em uma multinacional .
Só tinha um agravante: eu teria que mudar para a capital (São Paulo) com a
cara e a coragem , sozinho , num mundo totalmente diferente do meu , de rapaz do interior.
Com relação ao trabalho , não tive nenhum problema de adaptação , eu estava trabalhando naquilo que gostava (gosto) , numa empresa que me dava perspectivas de crescimento , enfim , era tudo o que eu queria … até terminar o
expediente.
Cada um dos colegas de trabalho tinha sua vida particular , sendo assim , nosso “relacionamento” terminava na portaria da empresa ,às 18 horas.
Série relatos – Carlos Eduardo – Clínica de recuperação em SP
Chegar no meu apartamento (minúsculo) , me deparar com todas as portas fechadas no corredor (eu tive vizinhos que nunca cheguei a ver os rostos) , batia uma solidão gigantesca .
Aquilo me causava muita angústia.
Até que uma tarde , eu resolvi parar em um barzinho de bairro , para tomar um refrigerante e , no fundo , encontrar gente para conversar e , assim , retardar a chegada em casa e a angustia que isso me
provocava.
Fiz amigos ali e , do refrigerante , migrei para a cerveja … depois de pouco tempo , era uma cerveja e uma dose (cachaça , conhaque …qualquer coisa quente para fazer o dito “quebra gelo”)
e aquilo que a princípio resumia –se a uma horinha de papo , passou a “fechar o bar” .
Isso mesmo , eu chegava por volta das 18:30hs , todos os dias , e só saia perto da meia noite .
Completamente bêbado.
Com essa rotina , devo dizer que minhas refeições diárias resumiam-se ao café da manhã e almoço , meu jantar era álcool e
aquelas porções de boteco (quando eu comia , diga-se).
Dois anos se passaram , e minhas idas para minha cidade natal foram escasseando , eu já não conseguia mais esconder minha
necessidade por álcool.
E , não queria preocupar minha família.
Então , para “justificar” minha ausência prolongada , inventei que estava fazendo um trabalho particular aos finais de semana …
Meu coração apertava quando eu ouvia da minha mãe “o filho dedicado e trabalhador” que ela tinha , e se orgulhava.
Como o álcool já havia se apoderado do meu organismo , 8 horas de trabalho “a seco” , eu já não conseguia suportar.
Cheguei ao cúmulo de levar bebida para o trabalho , e foi essa minha derrocada.
O dependente nunca pensa que está exalando à bebida…
acha que ninguém está percebendo seu comportamento alterado.
É um mundo de esconde –esconde … faz de conta.
Então , veio o derradeiro dia .
Numa manhã , ao chegar para trabalhar , a portaria me informou que eu me dirigisse ao setor de Recursos Humanos … um frio percorreu minha espinha.
E eu estava certo
.Foi uma situação humilhante.
Série relatos – Carlos Eduardo – Quando eles me pediram para que eu abrisse minha garrafinha de água , eu não pude mais negar.
Para não levar uma “justa causa” na minha carteira profissional , fui “aconselhado” a pedir minha demissão , e isso quer dizer : perder
seus direitos , pagar seu aviso prévio e ficar com seu FGTS retido.
Enfim , saí com uma mão na frente e outra atrás.
Eu possuía uma pequena reserva de dinheiro , que me garantiria por pelo menos 2
meses , contando com despesas de moradia e alimentação.
Mas , eu penso que vocês já saibam o que eu fiz com o dinheiro , não é?
Isso mesmo , bebi a maior parte.
Agora , resumindo um pouco , eu já estava sem emprego e sem morada.
Minha viagem para o fundo do poço foi meteórica.
Sem nenhuma dignidade , eu passei a evitar até os meus conhecidos do boteco que fiz de minha casa.
Fui parar no centro da cidade como mais um nas estatísticas de morador de rua.
Em minha família eu pensava e chorava.
E , carregado de vergonha , fui protelando até um simples telefonema.
Como fui egoísta , covarde e , de certa forma , vaidoso.
Fiquei por mais de 6 meses sem dar noticias em casa , eu só queria
fugir de ter que encarar os olhos dos meus pais e irmã… dos meus amigos de infância que iriam se decepcionar com aquele que ,um dia , foi motivo de orgulho.
Passei a recolher reciclável para garantir o “corote nosso de cada dia” , e quando a colheita não rendia , eu mendigava…
Cachaça mata por um preço baixo. Muito baixo.
Durante esses 6 meses que fiquei fugindo de mim , havia quem estivesse à minha procura.
A vida nas ruas nos faz invisíveis aos olhos da maioria das pessoas , mas existe uma “subsociedade” onde os ferrados se conhecem.
E , foi assim que em uma tarde depois de ter “mamado” meu corote , que um companheiro de rua chegou gritando : “Acorda , maluco”…. levanta , olha isso aqui…
Ele tinha uma foto minha nas mãos (aquelas que famílias desesperadas pregam em postes ) e completou … “corre , eles estão ali na praça” .
Gelei. Nunca sarei de uma bebedeira tão rapidamente. Não sabia o que fazer…
Nesse momento de terremoto interno , não percebi que o “amigo” , que me trouxe a informação , já não estava mais ali.
Quando olho para o outro lado , vejo ele e meus pais vindo em minha direção… Desabei. Desabamos.
Foi uma conversa longa , sofrida , onde eu me punia.
Meus pais , não.
Eles estavam atônitos , sem saber ao certo com o quê eles estavam lidando.
E o pior , com quem.
Parecia que nós não nos conhecíamos mais.
E , na verdade , não nos conhecíamos. Mas , esse momento foi como se nós nos reapresentássemos uns aos outros , com um único elo: o amor.
A gente não sabia mais quem era quem , mas o amor nunca deixou de estar entre nós.
Minha família nunca foi de posses , mas nunca nos faltou nada.
E foi assim que , mais uma vez , meus pais investiram em mim.
Levaram-me para uma clínica de recuperação em SP especializada no tratamento do alcoolismo
relativamente próxima a nossa cidade (no fundo eles também não queriam expor minha condição perante toda a cidadezinha, onde sempre viveram , foram respeitados , sem nenhuma mácula).
Meu tratamento durou 6 meses de internação , e posso afirmar que foram os mais importantes da minha vida.
Pude descobrir meu gatilhos negativos.
Não vou relatá-los porque não vêm ao caso , o objetivo dessa entrevista é ressaltar a importância de buscar ajuda o mais rápido possível.
Aceite que você tem um problema muito sério e que isto não significa que você não tenha moral e caráter.
Alcoolismo é uma doença que se origina de alguma coisa mal resolvida emocionalmente , e que pode acabar com sua vida de várias maneiras.
Aceite ajuda.
Ofereça ajuda.
Busque ajuda.
Durante o tempo em que estive internado , eu e meus pais fomos organizando uma lojinha de peças automotivas onde pude
recomeçar minha vida.
Hoje , a lojinha cresceu e minha família também.
Casei-me , tenho 2 filhos e continuo participando das sessões de grupo dos Alcoólicos Anônimos – AA.
Lá eu me ajudo , e ajudo muitos que precisam saber que são pessoas e que têm valor.
Foi um prazer poder dividir minha história com vocês.”
Se você estiver passando por situação parecida , não deixe o tempo atuar.
Busque ajuda especializada para tratamento de dependência alcoólica.
Salve sua vida , ou a vida de alguém que você ama.
O alcoolismo é uma doença crônica e progressiva , e que não pode ser desdenhada.
Além de todo comprometimento familiar e social , ela pode matar.
Do álcool se originam inúmeras doenças como cardiopatias , úlceras estomacais , perda de visão e a , geralmente ,irreversível cirrose.
Álcool não é brincadeira.
Busque ajuda aqui.
Fale com nosso atendimento e encontre a solução mais adequado para você.
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