Qual a diferença entre clínica de reabilitação / recuperação e comunidade terapêutica?
Nesse post estaremos explicando algumas das diferenças entre clínica de reabilitação e comunidades terapêuticas.
Comunidade x Clínica
As comunidades terapêuticas ou serviços
semelhantes, são organizações da
sociedade civil e devem ter licenciamento
das vigilâncias sanitárias dos estados ou
municípios para funcionar.
As Secretarias de Saúde, por meio da
vigilância sanitária, podem fornecer maiores
informações sobre como proceder para obter
esse tipo de licença caso você queira abrir uma.
Estas instituições de tratamento devem sempre
estar cadastradas, também, nos Conselhos
Estaduais de Entorpecentes (CONEN)
e Conselhos Municipais Antidrogas
(COMAD), que são responsáveis
por prestar informações
à Vigilância Sanitária sobre
seu funcionamento.
Leia:
O que é a Dependência Química? Tipos de drogas, efeitos das substâncias e tratamentos.
O que é A RDC ANVISA 101/01?
Ultimamente tem ocorrido muitas mudanças no tratamento para dependentes químicos.
Isso vem ocorrendo desde o final da década de 1990, várias iniciativas vêm
promovendo os direitos dos dependentes, levando à reformulação dos
modelos de assistência.
Entre os avanços alcançados na melhoria estão: a promoção de melhorias no sistema
de saúde, mais humanidade e respeito aos pacientes, proteção contra
qualquer forma de abuso, garantia do sigilo e do direito à atenção médica
e especializada.
Veja:
Clínica de reabilitação / recuperação feminina em Vargem Grande Paulista SP
Além disso, passou-se a privilegiar algumas formas de tratamento menos invasivas aos pacientes,
isto é, com maior respeito às pessoas, suas limitações e interesses.
Um outro avanço foi a normatização das instituições que trabalham com
dependentes de álcool e outras drogas.
Já em meados da década de 90, falava-se da necessidade de regulamentação
das comunidades terapêuticas e serviços assemelhados, cuja mobilização levou,
em 1997, o extinto Conselho Federal de Entorpeceentes (CONFEN) a discutir
critérios para o funcionamento destas instituições.
No ano seguinte, o I Fórum Nacional Antidrogas, que reuniu mais de
1.200 especialistas para discutir as diretrizes de uma política nacional
antidrogas, confirmava essa tendência, recomendando a normatização
dos serviços e procedimentos na área de tratamento à dependência.
Em 1999, a Secretaria Nacional Antidrogas mais conhecido como (SENAD) constituiu uma
comissão técnica integrada por especialistas e profissionais de centros
de tratamento, federações e associações de clínicas, além de dirigentes de
outros órgãos governamentais (Ministério da Saúde, Ministério da Justiça,
Ministério da Previdência e Assistência Social) e do Conselho Nacional
Antidrogas (CONAD), para apresentar subsídios à elaboração de critérios
mínimos para o funcionamento de serviços de atenção nessa área.
O documento final produzido por essa comissão foi encaminhado à
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), onde se constituiu
um grupo técnico assessor, sob a
coordenação da Gerência Geral
de Tecnologia em Serviços
de Saúde – GGTES.
Este grupo técnico era formado por alguns representantes
de diferentes áreas do Ministério da
Saúde: Coordenação Nacional de Doenças
Sexualmente Transmissíveis – DST Aids
(Secretaria de Políticas de Saúde), Assessoria
de Saúde Mental (Secretaria de
Assistência à Saúde), Unidade de
Medicamentos Controlados da
Gerência Geral de Medicamentos
(ANVISA), Unidade de Infra-estrutura
Física e de Tecnologia da Organização
de Serviços de Saúde da
GGTES (ANVISA), além de um
consultor especialista
no tema.
Este grupo técnico foi constituído para elaborar uma proposta de
regulamento para o funcionamento das comunidades terapêuticas
e serviços assemelhados.
Leia:
18 passos como ajudar o dependente químico
VOCÊ SABIA QUE É NECESSÁRIO UM DIAGNÓSTICO CLÍNICO
E PSIQUIÁTRICO PARA O INGRESSO DE
PACIENTES EM UM PROGRAMA DE
TRATAMENTO?
Em algumas instituições, essa
avaliação inicial tem o nome de ”triagem”,
em outras são chamadas de entrevistas iniciais.
Todas as informações colhidas devem constar na ficha de admissão do paciente
É importante ressaltar sempre que as condições de saúde do paciente e a
capacidade de atendimento da instituição são os fatores decisivos para
a admissão. Ainda assim, deve ser feita também, uma avaliação da
situação social e familiar da pessoa.
Casos que podem ser tratados em Comunidades terapêuticas para dependentes químicos
É de extrema importância
verificar sempre se todos
os pacientes
tiveram diagnósticos
clínicos – psiquiátricos
antes de serem admitidos.
Esse diagnósticos permitem
identificar se os pacientes atendem
aos critérios de elegibilidade para tratamento.
Leia:
Atenção
QUANDO SE VERIFICAM QUADROS COM: SURTOS
PSICÓTICOS, QUADROS DE
ANSIEDADE, DEPRESSÃO,
HIPERATIVIDADE OU DISTÚRBIOS
ALIMENTARES JUNTO COM O USO
DE DROGAS, DIZ-SE QUE HÁ A CHAMADA
“COMORBIDADE”, OU SEJA, HÁ
PRESENÇA CONJUNTA DA
DEPENDÊNCIA QUÍMICA E OUTRAS
DOENÇAS PSIQUIÁTRICAS.
POR ISSO, DEVE-SE AVALIAR O
COMPROMETIMENTO PSÍQUICO OU
BIOLÓGICO DO PACIENTE.
CASOS
GRAVES NÃO PODEM SER
TRATADOS EM COMUNIDADES
TERAPÊUTICAS OU SERVIÇOS
ASSEMELHADOS!!!
EXEMPLO BOM DE SER LEMBRADO
UM ÚLTIMO EXEMPLO.
UM RAPAZ DE 15 ANOS QUE FUMA MACONHA TODO DIA HÁ DOIS ANOS, DÁ UM “TAPA” DEPOIS
DA ESCOLA OU EM CASA, QUANDO OS PAIS NÃO ESTÃO. É MUITO POPULAR
E CONSEGUE MANTER UMA RELAÇÃO TRANQÜILA COM A FAMÍLIA E COM
OS AMIGOS, ELE DEVERIA IR PARA UMA ENFERMARIA PSIQUIÁTRICA?
NÃO. . .
NEM PARA UMA COMUNIDADE TERAPÊUTICA OU QUALQUER
TIPO DE INTERNAÇÃO!
o que fazer então neste caso?
O MELHOR SERIA QUE ELE FIZESSE UMA CONSULTA ESPECIALIZADA.
QUANDO A PESSOA AINDA MANTÉM VÍNCULOS SOCIAIS E AFETIVOS, ISTO É, CONTINUA COM SUA ROTINA DIÁRIA DE VIDA, O
TRATAMENTO DEVE SER MENOS INVASIVO, DE ACORDO COM O GRAU DE DEPENDÊNCIA.
COM UM
NÍVEL MAIOR DE
COMPROMETIMENTO
FÍSICO OU PSÍQUICO DA DEPENDÊNCIA E
PERDA DE VÍNCULOS
SOCIAIS E AFETIVOS,
O APOIO DEVE
SER BUSCADO EM
SERVIÇO COM MAIOR
COMPLEXIDADE DE ASSISTÊNCIA.
O APOIO PODE SER BUSCADO EM: GRUPO
DE MÚTUA-AJUDA, AMBULATÓRIO,
CONSULTÓRIO ESPECIALIZADO,
COMUNIDADE TERAPÊUTICA OU CAPS AD/SUS.
FONTE:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd08_05.pdf
ALÉM DOS CRITÉRIOS PARA
INGRESSO DE PACIENTES, É VERDADE QUE ELES TÊM
DIREITOS GARANTIDOS E QUE
DEVEM SER RESPEITADOS
PELAS INSTITUIÇÕES
DE TRATAMENTO?
A RESPOSTA É SIM!
Regras de funcionamento
Para funcionarem, as instituições precisam de um responsável técnico,
que deve ter formação superior na área de saúde ou serviço social.
VOCÊ SABE QUANTAS PESSOAS
SÃO NECESSÁRIAS
PARA O FUNCIONAMENTO
DE UMA COMUNIDADE TERAPÊUTICA OU
SERVIÇO ASSEMELHADO ?
O serviço deve garantir a presença de, pelo menos, um membro
da equipe técnica durante o período noturno.
Recomenda-se a inclusão de cursos de primeiros
socorros nas capacitações.
Antes de construir, reformar ou adaptar a estrutura física das instituições
de tratamento, é importante a avaliação do projeto pela autoridade
sanitária local.
As instalações de água, esgoto, energia elétrica, proteção e combate a
incêndio, telefonia e outras, deverão atender às exigências dos códigos
de obras e posturas de cada localidade.
É importante lembrar que todas as portas dos ambientes de uso dos
residentes devem ser instaladas com travamento simples, sem o uso de
trancas ou chaves.
O que é uma clínica de recuperação / reabilitação ?
Trata-se de um lugar especializado em ajudar as pessoas na recuperação / reabilitação de uma grande variedade de doenças, principalmente a dependência química inclusive o alcoolismo. Profissionais como médicos, enfermeiros, psicólogos, psiquiatras e terapeutas ficam disponíveis em tempo integral para auxiliar os usuários na superação de todos os problemas causados pelo vício das drogas.
As clínicas de recuperação geralmente estão situadas em locais de acesso restrito. O objetivo é garantir discrição, paz e tranquilidade aos pacientes. Além disso, elas oferecem acomodações e serviços de internação para que eles possam receber os cuidados necessários. Isso garante um tratamento intensivo, principalmente para os casos em que o grau de dependência é alto.
As clínicas tem permissão para fazer internações involuntárias.
Como funciona uma clínica de recuperação?
Se o usuário de drogas ou alcoólatra tem consciência de que está doente e demonstra vontade em buscar ajuda, o tratamento é feito imediatamente. Este é o tratamento voluntário.
Para a família, essa atitude é motivo de alegria.
Infelizmente, nem sempre é tão fácil assim.
Quando acontece o contrário, ou seja, se ele não percebe que está no fundo do poço, os familiares podem decidir interná-lo de forma involuntária (a lei permite que isso seja feito). Nesse caso, há clínicas autorizadas que se responsabilizam pela busca, transporte e cuidados com o paciente.
Os principais procedimentos realizados em uma clínica de recuperação / reabilitação são: psicoterapia, medicamento e internação. No entanto, nem todos precisam passar por esses procedimentos. Também não existe um tratamento único, que atenda a todos os casos da mesma forma.
Há casos em que a internação involuntária é desnecessária, por exemplo. O tratamento do paciente é planejado de acordo com o tempo e o grau de dependência química em que ele se encontra. Os profissionais da clínica de recuperação estudam cada caso individualmente para que os resultados sejam alcançados com eficiência.
Você sabe como escolher uma boa clínica de recuperação / reabilitação para dependentes químicos ?
Escolher uma clínica deve ter o mesmo rigor de se escolher um hospital para um tratamento ou internação, por exemplo. Ou seja, é bom que você faça uma pesquisa para saber se o local possui boa estrutura e se é de confiança.
Estas são algumas dicas para você fazer a escolha mais adequada de uma boa clínica de recuperação / reabilitação:
- Procure o máximo de informações e sobre a unidade.
- Converse com os atendentes para tirar possíveis dúvidas quanto à estadia do paciente.
- Conheça o interior da clínica sempre, visite o espaço físico e a infraestrutura da clínica de reabilitação.
- Observe o método de tratamento, o cronograma de atividades também é bom dar uma analisada e questionar sobre os planos de tratamento.
- Confira se a clínica de reabilitação é autorizada e possui registros como alvará de funcionamento, registro do Ministério da Saúde e outros.
- Pergunte se a equipe de profissionais é completa e dispõe de médicos, psicólogos, psiquiatras, nutricionista, enfermeiro etc…
Veja também:
Clínicas de recuperação das drogas e do álcool em São Paulo – Clínicas de reabilitação em São Paulo