CO-DEPENDÊNCIA: A FAMÍLIA DO DEPENDENTE QUÍMICO
O uso e o abuso de substâncias químicas por um indivíduo não só o afetam diretamente como
também prejudicam e atingem a todas as outras pessoas que estão à sua volta,como amigos
,colegas de classe, de trabalho ,parceiros , e principalmente a família.
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14 OPÇÕES DE CLÍNICAS DE REABILITAÇÃO DROGAS SP – CLÍNICAS DE RECUPERAÇÃO EM SP
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Dependência Química: O que você precisa saber sobre o assunto
Por isso a dependência química é também considerada uma doença familiar, pois atinge aos
membros da família adoecendo-os lentamente. Podemos dizer, também, que ela é uma doença
comportamental e social. A tese é que a doença é contagiosa, pois adoecem os próximos em
virtude de um dependente químico em seu meio.
A estrutura da família se modifica de maneira inquestionável quando um membro se torna
dependente químico. Normalmente os valores são incompatíveis e, como o grupo familiar precisa
sobreviver, as famílias se desorganizam e se dês-funcionalizaram ,tornando a convivência normal
quase que impossível.
A comunicação não é saudável, geralmente ruidosa e tensa, conversas se
Tornam gritaria e agressão constante , o ambiente tornar-se sem regras e limites,algo do tipo cada
um por si ,extrema agressividade ,as pessoas passam a se relacionar com ressentimentos,
normalmente são ansiosas ou, não suportando a pressão, podem deprimir ,o ambiente então está
totalmente contaminado pela dependência química de um elemento.
Neste sistema disfuncional o
tema central da família passa a ser o abuso de substâncias e, frequentemente, os membros desta
família usam defesas primárias como negação, projeção e racionalização para lidar com o
conflito.A negação pode ser por parte tanto do dependente químico quanto dos demais familiares
Frequentemente, nas famílias do viciado ou dependente químico.
Altos níveis altos de violência,
agressividade e abusos de uma maneira geral se tornam muito frequentes.É comum em famílias
de dependentes químicos notar-se uma falta de regras, limites, hierarquia, liderança,
comunicação, moral ou ética,ou seja, todos o valores familiares, bem como sua estrutura de um
modo geral é atingida pela “contaminação” na presença do vício que invade não só o organismo
de o dependente, mas todo ao redor dos que convivem com ele e adoecem sem que se perceba
de maneira clara a manifestação da doença e suas consequências.
A família é um sistema complexo e dinâmico ou seja ,em constante transformação que cumpre
sua função social transmitindo os valores e as tradições culturais por elas aprendidas, estabelece-
se o caos familiar e as decorrências do conflito das aprendizagens e da convivência pacífica.O
impacto que a família sofre com o uso de drogas por um de seus membros é correspondente às
reações que vão ocorrendo com o sujeito que as utiliza, isso é o que podemos chamar de
“contaminação).
Como a dependência química é uma doença, os demais adoecem quando em
contato com um indivíduo da família já adoecido. Devido ao contato direto do viciado com os
demais a família progressivamente passa por 4 estágios:
1. No primeiro estágio, prepondera o mecanismo de negação, ocorrem tensão e
desentendimento, as pessoas deixam de falar o que realmente pensam e sentem , algo como
expressarem que não acontece aquilo em seu lar. O dependente nega que o seja, e a família tenta
fechar os olhos à situação na qual se encontra. Quando conscientes do problema devem procurar
uma clínica de recuperação de dependência química em sua cidade , ou próximo para que o
dependente seja cuidado de maneira criteriosa.
2. No segundo estágio, a família toda está preocupada com essa questão, tentando controlar o
uso da droga e do álcool, assim como todo o resto (no campo do trabalho e convívio social),o que
se torna uma maneira falsa de tratar a doença , portanto é comum que as mentiras e as
cumplicidades apareçam nesta fase num clima de segredo familiar, mantendo a ilusão do controle,
não falar do assunto como se estivesse causando problema para família.
Esconder é uma
Tendência de se formarem associações nocivas no ambiente familiar , onde algum dos membros se
acha suficiente para cuidar , que deixa de ser verdade. Neste momento a procura de uma clínica
de dependentes químicos é imprescindível , pois o isolamento da família e dos meios ao qual o
dependente esteja ligado é feito , desligando dos meios de consumo , bem como de toda uma
estrutura adoecida. Existem muitas clínicas especializadas no tratamento da dependência
química em São Paulo, em várias cidades e todas as regiões do estado. Através de métodos
terapêuticos e acompanhamento do doente a recuperação e a desisntoxicação são cuidadas de
maneira individual para cada caso.
3. No terceiro estágio, a desorganização da família é enorme, os membros passam a assumir
papéis rígidos e previsíveis servindo de facilitadores, responsabilizando-se por ações que não são
suas e sim dos dependentes químicos.
Ocorrem aí as inversões de papéis, facilitando com isso que
o dependente não se responsabilize por suas ações, nem as decorrentes do uso e nem das
conseqüências do mesmo , promovendo um tipo de parceria , ou como se poderia chamar de
tapar o sol com a peneira. Em vez de cuidar da doença os familiares se tornam associados como se
fossem resolver o problema, o que sabemos se tratar de um grande e perigoso engano.
4. O quarto e último estágio é caracterizado pelo cansaço emocional, podem surgir graves
distúrbios de comportamento em todos os familiares, depressão, esgotamento físico e nervoso
,ansiedade , mudanças bruscas de comportamento , tensão constante , são características comuns
, podendo levar até ao afastamento entre eles gerando grave desestruturação familiar. Embora
possa parecer um certo exagero , o fato é real , muitas famílias se desmancham em presença de
um dependente de drogas e ou álcool .
Os principais sentimentos da família que convive com dependentes químicos e alcoólicos são:
raiva, ressentimento, descrédito das promessas de parar, dor, impotência, medo do futuro,
falência, desintegração, solidão diante do resto da sociedade, culpa e vergonha pelo estado em
que se encontra. O processo de ruptura com uma família unida e agregada a seus valores são
visíveis, a mentira e a falsidade tomaram conta do lar.
A melhor defesa de uma família contra o impacto emocional do abuso de drogas e da dependência
química é adquirir conhecimento, alcançando assim a maturidade e coragem necessárias para usar
esse conhecimento. Para que um programa eficiente de recuperação aconteça, o familiar em
geral precisa de mais assistência e orientação do que o próprio dependente químico (ou paciente
identificado).
A importância de um tratamento especializado através de uma clínica especializada
em tratamento de dependentes químicos é enorme. Especialistas são encarregados de avaliação
clínica , terapêutica, cuidados psiquiátricos , que muitas vezes são extremamente necessarios. O
isolamento temporário da família é imprescindível para a retomada da saúde geral da comunidade
familiar.
Como já dito anteriormente, dependência química é uma doença que tem um grande impacto
sobre os familiares. Quanto mais distorcidas ficam as emoções dessas pessoas, mais nociva fica a
ajuda. A interação entre o dependente químico. e sua família pode tornar-se destrutiva em vez de
construtiva, como por exemplo, os mais próximos serem sistematicamente acusados ou
responsabilizados por todas as suas dificuldades.
A família passa a ter membros acusados da
situação, sem que nem sempre o seja de fato. Nenhum indivíduo é responsável pela dependência
de drogas de outra pessoa ou por sua recuperação. No entanto, por falta de conhecimento,
aqueles mais próximos podem permitir que a doença não seja detectada, até apoiar o seu
desenvolvimento e contribuir para que o tratamento seja evitado.
Por outro lado, através da
compreensão do problema e com coragem, o familiar pode tomar atitudes que levam o viciado à
uma recuperação provocada – apesar de que isto não pode ser absolutamente garantido.Esse
aspecto demonstra de maneira clara a internação do dependente químico em uma clínica
especializada no tratamento da dependência química , o que torna o processo menos doloroso e
eficiente no seu todo, mesmo que a família deva se tratar também , o que pode ocorrer em várias
instituições de ajuda .
As pessoas diretamente envolvidas na vida do dependente químico não são
capazes de tratar a doença , isso deve ser delegado à uma clínica especializada. Na medida em que
a dependência química progride, aqueles mais próximos do D.Q. ficam emocionalmente envolvidos,
e não têm nenhuma noção do funcionamento de desintoxicação e terapêutica do cuidado de um
dependente químico.
Inicialmente, a melhor ajuda que eles podem dar ao paciente é procurar
auxílio e orientação para sua própria situação, para que eles não façam o papel de coadjuvantes
no padrão de doença progressiva da dependência de drogas.Sem que percebam podem estar
piorando a situação.
Antes de mais nada, é preciso compreender que a família pode fazer tudo
que é conhecido e dado como certo e, no entanto a doença pode prosseguir sem controle.
Precisamos pensar na família como um sistema operante, onde todos os membros da família têm
seus papéis e fazem parte de uma engrenagem.
Este é o momento certo de encaminhar o
dependente à uma clínica de dependência química, pois assim, quando o dependente químico
entra em recuperação, isto inclui a recuperação da doença emocional familiar. E a maneira de
começar a ajudar na recuperação do dependente é começar trabalhar a si mesmo.
Um fator muito importante nas famílias dos dependentes químicos é achar que o encaminhamento
do paciente à uma instituição e promover a internação do mesmo resolveu o problema. Nesse
aspecto devemos alertar que a família já adoeceu. Cabe aos membros se aprofundarem nos
tratamentos de seus membros , o que pode acontecer em acompanhamento nas reuniões do
dependente pós tratamento. O conhecimento do que seja a patologia pode ajudar e muito os
familiares , mas o que se percebe é que preferem se isentar ao ocorrido e achar que não precisam
de ajuda , pois o culpado de tudo já foi tratado. Tal engano tem causado muito mal em resultados
pós internação do dependente.
ENTENDENDO COADICÇÃO
Em 1987, um folheto distribuído em um serviço de treinamento sobre dependência química e a
família, patrocinado pelo Johnson Institute of Minneapolis, descreveu a Co-Dependência ou
coadicção da seguinte maneira:
“Um conjunto de comportamentos compulsivos e inadaptáveis adquiridos por membros de uma
família que passa por estresse e grandes dores emocionais como forma de sobrevivência.”
Essa definição se refere ao comportamento adotado por familiares de um viciado para sobreviver,
mas que se tornou destrutivo.
É necessário adquirir novos comportamentos, em vez de tentarmos
obsessivamente controlarmos os outros . Aprendemos a desligar em vez de permitir que alguém
nos use e nos magoe, estabelecemos limite em vez de reagirmos, agimos e permitimos que as
coisas entrem nos eixos.
Deixamos de nos concentrar no que está errado e passamos a observar o
que está certo. Aprendemos a nos relacionar, aprendemos a amar a nós mesmos.A maeira correta
de restabelecer a paz e a ordem exige tratamento terapêutico e compreensão do que seja a
doença. Isso precisa de acompanhamento e esclarecimentos constantes , principalmente no
acompanhamento ao apoio do paciente.
Recuperar-se também significa lidar com quaisquer
outros assuntos ou comportamentos compulsivos que encontramos em nosso caminho. A co-
dependência é furtiva e enganosa. E também progressiva senão tratada.Isso significa tartar-se de
uma doença coletiva, onde todos os contaminados, sem buscar ajuda manterão a patologia
presente em suas vidas.
COMO TRATAR A DOENÇA
1 Grupos de Mútua Ajuda: Têm como base os 12 passos dos Alcoólicos Anônimos. Representam
uma fonte importante de apoio para a recuperação de muitas pessoas que procuram ajuda para
problemas com drogas.
Trata da questão da co-dependência como uma doença de
relacionamentos num sistema familiar em que um dos membros pode ser quimicamente
dependente. O pode ser encontrado no NA (narcóticos anônimos) ou outras intituições que
normalmente são indicadas após um tratamento em uma clínica especializada em dependência
química.
2 Abordagem Sistêmica: A família é vista como um sistema que se mantém em equilíbrio. A partir
desse enfoque busca a mudança no sistema entre os membros da família pela organização da
comunicação. A terapia é indicada, podendo tanto ser feita com um especialista como por
instituições como Amor Exigente , ou várias outras em igrejas, comunidades e trabalhos sociais
diversos.
3 Terapia de Grupo Familiar (Co-adictos): Trabalha a conscientização da doença do dependente e
da própria doença (CO-DQ), dos comportamentos de negação, controle e facilitação, trabalhando
o desligamento emocional, a conscientização da impotência, aprendendo a ser mais assertivo e
responsável, libertando-se aos poucos da culpa e da raiva.
Este tratamento deve ser acompanhado
por especialistas no assunto , normalmente psicólogos .O terapeuta familiar deve estar atento,
pois de modo direto ou indireto a família busca ajuda para o sofrimento de seu familiar.Par que
isso ocorra a família tem que estar orientada e disposas a procurar este tipo de ajuda.