Série relatos – Marcos – clínica de reabilitação para alcoólatras
10 opções de clinicas reabilitação alcoólatras SP – Clinicas de recuperação em São Paulo para alcoólatras e muito mais…
7 OPÇÕES DE CLÍNICAS DE RECUPERAÇÃO PARA TRATAMENTO DE DROGAS & ÁLCOOL SP P/ IDOSOS
Unidades
Clínicas para recuperação e reabilitação de alcoólatras e dependentes químicos. Clínicas para tratamento de dependência química que aceitam convênio médico/planos
de saúde.
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Nosso artigo de hoje , traz o relato , emocionado , dos pais de um alcoólatra.
Prestem bastante atenção ao apelo que eles fazem para a importância de buscar tratamento , com ou sem o consentimento
do dependente. Deixe sua opinião.
Boa leitura!
Lourdes (77) e Sandoval (79) , pais de Marco Aurélio (in memorian) alcoólatra.
Dona Lourdes , professora aposentada , é quem abre a entrevista de hoje nos agradecendo pela oportunidade de ter mais um canal para contar a história de seu filho , Marco Aurélio , morto em 2009 ,
por cirrose hepática , aos 42 anos. (Somos nós quem agradecemos , dona Lourdes , por sua simpatia e força de espírito!!)
“Marco foi uma criança tranquila , um jovem inteligente e estudioso
, gostava muito de música e , também , de futebol.
Enfim , tudo dentro dos parâmetros da normalidade para um jovem de classe média , de uma cidadezinha do interior paulista.
Quando entrou para a faculdade de jornalismo , Marco mudou para uma cidade maior , entre a nossa e a capital.
Lá ele fez muitos amigos. Morou em diversas repúblicas , conheceu gente de várias localidades e de
diversos tipos.
Como eu falei para você , Marco gostava muito de música , e a vida noturna dos estudantes sempre foi muito intensa.
Então , surgiu a ideia , entre ele e um grupo de amigos músicos , de montar um “barzinho” alternativo ,
com preços voltados ao orçamento – precário – da classe estudantil e onde o pessoal , que tocava por
amor á música porque os cachês eram quase nada ,ou nada mesmo , pudesse colocar todo o talento à mostra (risos).
Juventude , quando está determinada , ninguém segura! E foi assim
eu e o Sandoval falamos muito com ele sobre o quanto um bar exige de tempo… e a faculdade , meu filho? Ele me respondeu: – mãe , nós somos em 4 sócios e 4 namoradas , todo mundo vai
trabalhar e revezar para não comprometer outras coisas… e tal , e tal .
Abriram o bar. Confesso que , no fundo , fiquei orgulhosa em ver
como essas “crianças” fizeram um lugarzinho aconchegante (não muito confortável , é verdade) e feliz por ver as caras de “realizados”. Quem tinha os pais por perto , como foi o nosso caso ,
levou para a inauguração , com direito a mesas reservadas.
E não é que o bar “pegou” na moda?! E não é que o Marco trancou matrícula ? Aí , já era demais para nossa condescendência!
Falamos , brigamos , até que ele voltou para a faculdade e concluiu o curso de jornalismo.
Lembra que eu disse que o Marco gostava muito de futebol ,não é? Pois bem , ele conseguiu emprego em uma
rádio AM para ser redator esportivo.
Só que o trabalho era noturno ,para que as matérias saíssem nos primeiros jornais da manhã. Isso provocou uma reviravolta na vida dele , que ficou mais ou menos
assim: entrava na rádio às 10 da noite , saía às 6 da manhã , parava com os amigos de profissão no bar para tomar a saideira , dormia entre 8 e 11 da manhã , ia para o bar ajudar na manutenção
(já que não estava mais a noite)… aí , veio a decepção maior da vida dele. A “namorada” , que ele idolatrava , não estava se portando muito bem … e os amigos , receosos em contar a verdade
, faziam-se de cegos e mudos.
Até que um dia , um músico – que o considerava muito – procurou o Marco e contou toda a história da traição. Foi um golpe duro , e derradeiro , para ele.
(E para nós também , essa moça frequentava nossa casa. Nós não a culpamos por deixar de gostar do nosso filho , só não concordamos com a má intenção e conduta).
O Marco saiu da sociedade , passando a ser apenas frequentador esporádico do lugar.
Desse lugar , porque a vida dele ,desde então , passou a ser as madrugadas na redação e boa parte do dia , em
bares.
Até que chegou o momento em que ele começou a faltar com sua responsabilidade na radio , foi demitido.
Logo conseguiu nova colocação , dessa vem em um jornal.
Foi bem por alguns poucos meses .
Novas faltas e nova demissão.
À essa altura , quando Marco vinha nos visitar , ele passava a maior parte do tempo na rua , nos bares , e já não ligava de chegar em casa completamente
bêbado.
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(Falando, senhor Sandoval) “ Eu aguentei por um tempo , até que um dia , de tão irritado que fiquei com a bagunça que o “Marquinho” fez na cozinha , e vendo a Lourdes chorar , que
explodi.
Falei coisas que , hoje eu sei , não deveria ter falado. Chamei-o de “fracote” , capacho de mulher vadia … e tantos outros absurdos que , não nem convém repetir.
No dia seguinte ao acontecido.
Quando ele acordou , chamei-o para uma conversa (ainda muito bravo e na minha condição de “sou seu pai , me respeite!). A conversa não acabou bem .
Ele disse que se nos causava vergonha , não voltaria mais para dar trabalho.
Aquilo me cortou feito faca , mas fiquei irredutível na minha postura”.
(Volta dona Lourdes) “Sofri muito com isso.
Você sabe como são as mães… mas , também , não poderia desautorizar o Sandoval.
Foi muito difícil para todos nós.
Depois disso , ficamos quase dois meses sem notícias do Marco. Até
que um dia , toca o telefone , era de um hospital , nos informando que ele estava internado. Havia sofrido um atropelamento. Saímos feito loucos. Uma viagem de 50 minutos ,
pareceu uma eternidade.
Quando chegamos no hospital , recebemos a informação que o Marco havia dado entrada como indigente , uma vez que estava bêbado , e não portava
documentos.
Só fomos avisados porque ele acordou e informou nosso telefone.
Aquilo foi um tranco para nós.
Naquele exato momento , eu e Sandoval , soubemos que alguma coisa nós precisávamos fazer por nosso filho.
Conversamos com os médicos , que nos orientaram a procurar ajuda especializada.
Conseguimos uma clínica de reabilitação para alcoólatras com boas referências
e , da alta do hospital , Marco foi direto para a lá.
Acho que as pessoas já sabem , mas é importante falar.
Quando um dependente dá entrada em uma clínica para tratamento , são feitos inúmeros exames clínicos , e foi aí que veio a pior noticia que poderíamos esperar:
Marco já estava cirrótico.
Ele teve hepatite quando criança.
Embora o quadro fosse complicado , a equipe médica nos deu esperanças.
Marco ficou internado por 3 meses , voltou para casa .
Dois meses depois , recaiu. Voltou para a clínica para ficar por mais 3 meses…
só que não deu tempo.
A doença avançou muito rápido , e numa tarde , precisou ser removido às pressas para um hospital , pois havia entrado em choque por insuficiência hepática.
Nós não vimos mais nosso filho acordado.
O coma durou 2 dias.
Nosso filho se foi.
Existem coisas que fogem ao nosso alcance. Sim , nossos filhos , ao se tornarem adultos , assumem o controle das suas vidas.
Mas , quando a gente percebe que alguma coisa não vai bem ,devemos esquecer que eles cresceram , e atuar de todas as formas possíveis.
Nós sabemos que fizemos o melhor de nós na ocasião.
Mas , com o conhecimento que temos hoje , sobre essa doença , que é o alcoolismo , faríamos muito mais.
E , principalmente , encararíamos a coisa como ela é: doença terrível. E que sozinho , não se sai dessa.
Atualmente , eu e o Sandoval , somos integrantes do Grupo Amor Exigente , e mesmo não tendo mais o nosso Marco conosco ,
queremos ajudar a outras famílias a superarem as dificuldades de ter um paciente de alcoolismo em casa e , principalmente , mostrar que com conhecimento sobre o que é de verdade a dependência
alcoólica e muito apoio e amor , resgatar essa pessoa.
Falamos isso porque , até hoje , nós recebemos as visitas de dois internos que conviveram com o Marco e que estão recuperados do
vício , conscientes de que precisam “vigiar” , pois uma vez alcoólatra , sempre alcoólatra.
(Sr Sandoval) “Por favor , não façam como eu fiz naquele momento
de raiva… não destratem , nem humilhem quem se encontra nessa situação.
Estenda a mão , abra o coração. Não se envergonhe nunca do seu filho , ou de quem quer que esteja vivendo à margem
da vida. No caso do meu filho , o álcool o matou física e psicologicamente. Não sei se tenho perdão. (Lágrimas)
Abraços , à todos os pais ,mães e familiares que passam pelo
mesmo tipo de dor que nós passamos , e muito obrigada por vocês se desdobrarem pelos seus queridos.”
Com o relato desses pais , podemos tirar a lição de que o uso abusivo de álcool ou drogas , pode estar ligado à N fatores. E , mesmo que cada caso seja único , buscar por tratamento
especializado é ter a possibilidade de salvar vidas. Não hesite. Tratamento contra álcool e drogas é demonstração de amor e cuidado. Faça um contato conosco , podemos ajudar.
Clínica para Tratamento da dependência química e alcoólica / Codependência familiar / Masculina / Feminina/ Mista / Adolescente
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