As vezes surgem algumas notícias sobre diversos famosos internados em clínicas de reabilitação para tratar a dependência de drogas, álcool ou medicamentos. Mais do que um refúgio para uma fase geralmente conturbada da vida do dependente químico, essas clínicas servem para quem deseja combater um vício e aprender a estaciona-lo. Saiba mais a respeito abaixo:

Clínicas de reabilitação SP
Clínicas de reabilitação em São Paulo é com a Capital Remoções!
  1. Geralmente os casos mais indicados para realizar uma internação são os de pessoas deprimidas com alto risco de suicídio, com esquizofrenia e outras psicoses em estado descompensado, transtornos alimentares que podem ser graves e dependência de álcool, substâncias psicoativas, analgésicos ou até mesmo medicamentos controlados com padrão compulsivo descontrolado.

2. A internação em clínica de recuperação ou clínica de reabilitação é necessária quando a pessoa perde o juízo crítico da realidade, tem tendências suicidas e/ou pode agredir os outros ou a si mesma podendo assim estar colocando a sua vida em risco ou de terçeiros.

3. A tendência mundial baseada em alguns estudos científicos é a de evitar a internação em clínica de recuperação fechada (internação involuntária) e tentar buscar alternativas de tratamento num programa de inclusão social, inclusive hospital dia.

4. São bem raros os casos de internação para portadores de dependência de internet ou para os compradores compulsivos. Existem algumas estratégias terapêuticas que são mais efetivas nestes casos.

5. Nenhuma proposta de clínica de reabilitação faz uma pessoa parar com o uso de drogas ou consumir álcool (bebidas alcoólicas), por exemplo, mas ensina o dependente químico a viver sem.

6. reabilitação é baseada na abstinência total de álcool, drogas ou medicamentos. A pessoa, no caso o dependente químico ou o alcoólatra precisam ser treinados a desenvolver recursos para se afastar de pessoas, locais, hábitos e situações de risco de uma possível recaída, antes de voltar para a sociedade.

7. Cada paciente (dependente químico ou alcoólatra) São únicos. Não há um padrão modelo a ser seguido, assim como não é possível determinar previamente a duração do tratamento estabelecido na clínica de reabilitação. Em geral, os tratamentos em clínicas para dependentes químicos envolvem medicamentos, alimentação controlada, dinâmicas de grupo, sessões individuais com psiquiatras, atividades de lazer (T.O.), palestras diversificadas, filmes terapêuticos, terapia familiar, depoimentos de ex-pacientes e palestras, produção de um diário ou de um inventário da doença (10° passo). E, principalmente, orientação sobre técnicas de prevenção de recaída (P.P.R.) por meio do ganho de crítica, mudança no estilo de vida (crenças e valores) e incentivo a aprender a pedir ajuda e ajudar os outros adictos e profissionais da dependência química entre outras patologias.

8. Toda clínica de recuperação / reabilitação tem suas especificações próprias. Receber visitas faz parte da estratégia de socialização dos pacientes e manejo dos estímulos externos, mas a forma e a frequência como são realizadas dependem da evolução de cada caso tratado.

9. Apenas a realização básica do programa recomendado não acaba com a dependência química ou com o alcoolismo. O sucesso do tratamento para o dependente químico depende na maioria dos casos da necessidade e, sobretudo, da vontade de mudar o estilo de vida totalmente. Muitas vezes a pessoa quer se ajudar, mas, por conta das alterações químicas realizadas no cérebro com o tempo de uso prolongado e frequente, ela não consegue sozinha. A expectativa da família do paciente (dependente) é de que a pessoa esteja curada ao receber alta clínica, mas, na realidade, as clínicas de reabilitação fechadas tratam mais da crise e não 100% da doença em si.

10. As pessoas costumam confundir normalmente uma internação em uma clínica de reabilitação como sinônimo de gravidade, muitas vezes adiando a tomada de decisão e piorando bastante o quadro clínico do paciente, como forma de controlar as aparências. Clínica de reabilitação não tem nada a ver com o conceito antigo de “psiquiatria”, no sentido de confinamento e não tratamento. E muito menos trata-se de uma espécie de hotel fazenda ou spa. Há quem veja a internação como fuga das pressões da realidade do dia a dia, e não um lugar de trabalho para se enfrentar as dificuldades.

11. As clínicas ficam geralmente em locais de acesso restrito (sítios e chácaras) para proteger a privacidade de quem as frequenta e propiciar o controle na intensidade dos estímulos que os pacientes podem suportar antes de receber alta da clínica.

12. Se o paciente for resistente à internação em clínica de reabilitação, a família pode autorizar o psiquiatra a fazer o tratamento contra a vontade dele também (involuntária). Porém, é preciso romper com essa negação do paciente para que o tratamento seja bem-sucedido. É bom ressaltar sempre que a escolha da instituição de reabilitação não deve ser feita nos mesmos moldes como se escolhe um hotel não, é preciso visar o tratamento e não as acomodações do local.

13. Para a medicina hoje em dia, a dependência química ou o alcoolismo também são doenças crônicas (não tem cura). Na internação o paciente está em ambiente 99% protegido. Ao ter alta clínica (médica) ele está em diversos casos 100% desintoxicado das drogas, mas ainda não tem preparo total para lidar com algumas situações, pessoas e emoções de risco. O tratamento pós-internação em Salas de N.a., A.A. ou igrejas, entre outros locais é imprescindível, pois ajuda a pessoa a desenvolver estratégias de enfrentamento para situações de risco, melhorar a sua autoestima, prevenir as recaídas e reorganizar a sua nova rotina.

BASEADO NAS FONTES:
Cirilo Tissot, psiquiatra e diretor técnico da Clínica Greenwood, em Itapecerica da Serra (SP); Dorit W. Verea, sócia-diretora da Clínica Prisma, em São Paulo (SP); Eli Stern, psiquiatra do CAPS III (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas) Jardim Ângela, gerenciado pelo Cejam (Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim), em São Paulo (SP), e Leonard Verea, psiquiatra especializado em Hipnose Dinâmica e Medicina Psicossomática, de São Paulo (SP)

Original em: https://estilo.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2017/11/06/13-coisas-que-todo-mundo-deveria-saber-sobre-as-clinicas-de-reabilitacao.htm