Dependência química e clínica de recuperação
É com muita alegria Eu apresento o professor o assistente social, o coordenador da comunidade terapêutica Santa Carlota o integrante da febract Federação Brasileira de comunidades terapêuticas um discípulo do padre Haroldo Maurício landre ele tem uma trajetória de recuperação vai falar para, nós a força da espiritualidade na recuperação do dependente químico desde já Obrigada Maurício pelo seu sim que Deus te abençoe.
Bom dia a todos e um prazer e Uma emoção muito grande, aqui com vocês eu queria iniciar essa minha mistura experiência hoje de uma certa forma profissional e amadora porque eu também faço, muito amor de agradecer a esse convite destaque diante de um público maravilhoso e de sentir o Espírito Santo.
Em cada louvor em cada palavra em cada momento que eu consigo olhar para vocês agradecer também o convite da Dona Ana Neri toda Pastoral e a coordenação da Pastoral, Dom Irineu estar aqui hoje com vocês compartilhando um pouco dessa trajetória que eu estou encerrando em novembro agora o meu décimo nono ano em recuperação Eu queria conversar um pouco antes eu jamais imaginei que, eu me tornaria um dependente Medial com leite Outras Drogas utilizando álcool e tabaco como muitos começaram através da pressão que na época era.
Clínica de recuperação parte 1
Natural hoje talvez o cigarro nem tanto mas o álcool ainda é muito presente na cultura brasileira mas eu iniciei como uma possibilidade de estar perto de pessoas que faziam o consumo e também de ser aceito por esse grupo que me chamava muita atenção e que isso está diretamente ligado, ao tratamento da dependência química dentro das nossas famílias dentro dos nossos grupos sociais é que Eu tenho um peso por fazer tem, outro peso escutava muito coisas ruins sobre álcool e drogas mas eu via isso muito presente na alegria das famílias e acabei.
Experimentando e me deixando levar por essa por essa motivação que vinha de uma forma muito, natural na época nós não tínhamos subsídios teóricos no Brasil o uso de drogas a não ser quando você se tornava realmente um bêbado um alcoolista ou usuário de drogas e na época, era tratado como um modelo moral eram pessoas da Periferia pessoas desocupadas pessoas que não tinham que fazer essa esse era o conceito que existia da.
Clínica de recuperação parte 2
Dependência química claro que eu quando acabei me tornando dependente isso pesou muito na minha auto imagem né deu eu sofri muito o fato de ter me Tornado, um desses pessoas né o próprio Auto preconceito foi uma coisa muito forte na minha vida e foi uma trajetória muito lenta Eu experimentei algo, com 13 anos por me tornar um dependente de álcool e Outras Drogas com 35 anos esse percorrer Legend anos eu tive.
Muitas experiências boas e frustrantes mais alguma coisa em mim já era de uma certa forma deficitária eu não desenvolve uma maturidade suficiente para nessa diferença entre, o salário fazer ao mesmo tempo que eu também não detectada quando eu exagerar valioso uma cidade no interior do Estado de São Paulo.
Que a bebida ela é referenciada de de várias formas talvez não muito diferente da experiência de vocês mas eu acabei desenvolvendo a dependência química e eu sou, como a gente conhece um alcoolista cruzado lista que acabou utilizando Outras Drogas também uma trajetória de muitas perdas muitos anos de sofrimento meu.
Sofrimento da minha família sofrimento, dos meus filhos e e de uma certa forma eu não sei explicar para vocês o que aconteceu porque aconteceu eu jamais imaginei nem nunca quis me tornar um dependente químico minha família não tinha esse perfil eu fui uma pessoa muito bem educada pelos meus pais eu, realmente é que enveredando por esse caminho acabei me tornando um dependente químico diferente.
Clínica de recuperação parte 3
Até dos meus irmãos que não se tornaram nessa trajetória eu cheguei a, um ponto da minha dependência química aonde eu literalmente perdi tudo Eu não quero entrar muito em detalhes método eu quero estar aqui com vocês porque vocês sabem e vocês conhecem o que, é isso perder tudo hoje infelizmente a dependência química não está mais na periferia estão aqui hoje na pastoral da sobriedade é porque vocês.
Conhecem experiências concretas de pessoas boas e de pessoas que estão passando por esse problema e algumas que já se recuperaram e que estão Vivendo uma, vida plena uma vida com Jesus uma vida com uma, espiritualidade praticante E é claro festejando como diz o décimo segundo passo elevando.
Essa mensagem às pessoas que precisam mas eu queria, citar três momentos que foram em sites pequenos em sites ou Lucidez que eu tive quando eu estava realmente perdido perdido foi quando eu caminhava pela rua Campo Grande Mato Grosso do Sul eu estava provavelmente buscando droga ou alguma.
Clínica de recuperação parte 4
Coisa e Eu avistei uma mãe com duas crianças a mais ou menos uns 50 m e quando ela olhou para mim e me viu rápido a mão das crianças e atravessou a rua eu já tinha ouvindo os choros, da minha mãe do meu pai dos meus amigos e na dependência química parece que a gente também perde um pouco a noção da audição ela não chega ao coração em alguns momentos Então esse, momento essa pessoa que não me conhecia.
Você atravessou a rua para não passar perto de mim tocou fundo no meu coração fundo, eu não conheci aquela pessoa Vila mulher Aquilo me machucou muito muito mais do que as lágrimas da minha mãe honestamente outro momento já separado do porque minha, esposa pegou os nossos 2 filhos e levou embora para Goiânia para não assistir esse trágico desfecho que vinha se concretizando a minha filha veio passar.
Em 1986 as férias comigo e com os meus pais minha filha, com 13 anos de idade ela não entendia o papai tá doente por isso que nós temos que ir embora falava como se ele tá doente nós temos.
que ficar perto dele eu agradeço a ela todos os dias por ela ter tomado essa decisão porque essa decisão também me machucou muito mas nessas férias quando terminou, o mês de Julho a minha filha de 4 anos de 3 anos de 4 anos três para quatro anos ela falou que ela não queria ir para Goiânia ela queria ficar comigo para cuidar de mim a mãe deixou ela sobre os cuidados dos meus pais e meio até parece que eu tinha, condições e E ela ficou mês de agosto comigo.
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Ela não estudava ainda o mais velho que tinha 8 anos teve que voltar para Goiânia depois meu filho chorando chegou perto de mim e falou papai eu quero voltar para minha mãe porque eu não consegui te ajudar uma menina de 3 anos nós Choramos Juntos essa noite, toda eu e ela e no outro dia eu levei ela imediatamente Graças a Deus eu esperei muitos meus filhos ela embora para Goiânia e voltei para.
Campo Grande e esse foi o segundo grande momento que alguma coisa lá no fundo tocou meu coração Ciro momento eu estava no lugar de venda de drogas muito fissura com, muita vontade de usar uma dependência muito forte vou falar um pouco sobre isso eu não tinha dinheiro graças a Deus Yahoo bar na Rua Claro que eu tirei coisas linhas.
Tirei coisas da minha família mas não, cheguei a roubar na rua não cheguei ao fim da prostituição não cheguei a traficar mas eu cheguei no estado aonde eu tinha que colocar duas calças, jeans para esconder a minha a minha magreza eu peso 98 kg hoje e quando eu fui para um tratamento.
eu pesava 56 kg como eu estava eu tava tão desnorteado que eu eu pedi eu ficava insistindo para o senhor que vendia drogas para ele me arruma droga depois eu pagava eu queria, drogas ele tava cansado porque ele gostava de mim.
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Entre as porque eu não fazia mal a ninguém mas ele não tinha mais como me sustentar entre aspas então ele acabou chamando um traficante verdade, um segurança de um Traficante uma grande em Campo Grande e o cara realmente quer como se diz na gíria desse mundo desse submundo ele não era uma, pessoa comédia ou seja ele não era uma pessoa que falava uma coisa que não fazia me olhou para mim falou.
Escuta você não é aquele rapaz assim, assim que andava de carro todo arrumado e eu falei ela para você como.
É que está o traficante falando isso para mim você já olhou para, você como é que você está ele falou aí Ele olhou sério para mim apontou o dedo para mim por favor, deixa eu fazer uma pergunta para você e você quer morrer falei quero nessa hora eu vi na minha mente o rosto dos Meus dois filhos Geraldo.
essa menina de 4 anos e o de 8 eu vi esse o, traficante no meio e os dois me olhando Falando para eles que eu queria morrer E aí cifra ficante falou tudo bem resolver uma parada, aí com o coroa eu lembro muito bem nesse dia depois.
Eu volto aqui a gente vai dar uma volta, e eu vou resolver esse teu problema e aquele momento eu senti que eu ia morrer eu me desfiz de tudo que eu tinha no bolso tudo inclusive um canivete, eu sentei numa caixa engradado plástico abaixei a cabeça Senhor se o senhor me tirar daqui hoje última estrofe.
Em alguns minutos chegando perto de mim assim, quando eu levantei era o meu pai ele entrou coisa que ele nunca fez eu já tinha visto ele me procurando nas noites e eu me escondia nunca tinha me procurado de dia era.
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Uma meio-dia e meio e quando eu olhei para ele ele pois, a mão assim e falou vem comigo por favor para mim para mim era Jesus eu dei a mão para ele eu fiquei 4 dias em casa com paranoia.
Com síndrome de abstinência até chegar um dentista, tinha se recuperado no mar comunidade terapêutica Ele foi com o meu pai veio conversar comigo tava no quarto eu não queria ver ninguém, eu estava errado chorando muito e sentindo muito falta da droga mas a decisão ali eu não sabia que ela seria tão forte mas ainda era como é até hoje e.
O meu pai falou tem um dentista, aí querendo conversar com você passou por um programa de recuperação e ele ele queria falar um pouco foi tudo bem eu recebo aí ele me falou que conheceu, um lugar em Campinas.
Que tinha um padre que era bravo e que mas era o lugar, muito bom que ele tinha conseguido retomar vida dele eu eu já tinha decidido eu falei tudo bem eu vou E aí no dia que embarcar ônibus.
Eu e meu pai para Campinas, eu perguntei para esse rapaz como chama o lugar que eu vou que coisa maravilhosa ele virou pra mim e falou assim você vai para fazenda do Senhor Jesus.
Seja ele me tirou do inferno me levar para fazenda dele eu pudesse voltar a viver, eu não tinha motivo senão os meus filhos Para retomar a minha vida porque na época a recuperação é tinha uma visão muito muito moralista e